Você sente que já atingiu um bom nível com seu negócio no Brasil, mas esbarra num teto?
As vendas estabilizaram, a concorrência apertou e, lá no fundo, você sabe que tem potencial para mais.
Talvez você esteja se perguntando: “Será que está na hora de levar minha empresa para fora do país?”
Se você está nesse ponto de virada, saiba que pensar em internacionalização não é mais um plano ousado reservado apenas para grandes multinacionais.
Cada vez mais empresas brasileiras estão abrindo portas lá fora — com planejamento, estratégia e uso inteligente da tecnologia.
Neste texto, vamos falar sobre os caminhos práticos para tirar esse plano do papel, os desafios mais comuns (e como contorná-los), e o que você precisa fazer desde já para se preparar.
Por que internacionalizar sua empresa?
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A resposta mais óbvia é o crescimento: aumentar o faturamento e alcançar mais clientes. Mas tem mais coisa envolvida.
Quando você entra em outro mercado, também diversifica seus riscos, aprende com outras culturas e eleva o valor percebido da sua marca.
Isso sem falar na competitividade: empresas que atuam internacionalmente costumam ter processos mais maduros, gestão mais profissional e um olhar mais estratégico.
Ou seja, mesmo que a maior parte da receita continue vindo do Brasil no começo, só o fato de se preparar para esse movimento já traz evolução para o negócio.
Mas afinal, por onde começar?
Vamos ser sinceros: a internacionalização pode parecer complexa.
E, de fato, exige estrutura. Mas o segredo está em começar certo, com planejamento e passos consistentes.
Para isso, acreditamos que existem pelo menos três pilares para te guiar:
Entenda se o seu produto ou serviço tem fit com o mercado externo
Nem todo produto brasileiro vai funcionar fora. Pode ser uma questão de cultura, legislação, logística ou até mesmo concorrência.
O primeiro passo é pesquisar muito bem o país de destino. Entenda os hábitos de consumo, os canais de venda mais usados e os players locais.
Um exemplo simples: se você vende um software, talvez precise adaptá-lo ao idioma, à moeda e às exigências legais daquele país, especialmente no que diz respeito à proteção contra vazamento de dados, como o GDPR na Europa.
Faça o dever de casa com a parte jurídica
Você vai precisar lidar com registros, contratos, tributos e regras específicas do país em que quer atuar.
Isso exige apoio de um contador com experiência internacional e, se possível, uma assessoria jurídica.
Mas não precisa esperar até lá para organizar sua base.
No Brasil mesmo, vale garantir que sua empresa esteja regularizada, com dados atualizados e bom histórico.
Uma simples consulta CNPJ pode te ajudar a entender como o mercado enxerga a reputação da sua empresa hoje — e isso pode influenciar, inclusive, sua capacidade de fechar parcerias lá fora.
Automatize e organize sua gestão
Não tem como escalar sem controle. E quando você começa a vender ou operar fora do Brasil, a gestão fica naturalmente mais complexa.
Por isso, um sistema de contabilidade claro, acessível e digital pode ser um grande diferencial.
Aqui entra a importância de contar com contabilidade digital e ferramentas como business intelligence.
Você economiza tempo, tem relatórios atualizados, entende melhor seus custos e consegue tomar decisões mais rápidas.
Algo essencial quando se está lidando com variações cambiais, regimes tributários diferentes e novos modelos de contrato.
Modelos de internacionalização: você não precisa abrir uma sede no exterior
Muita gente acha que internacionalizar significa abrir uma empresa fora do Brasil de cara.
Mas existem várias formas de começar:
- Exportação direta: você vende para fora mantendo a operação no Brasil.
- Exportação indireta: por meio de distribuidores, marketplaces internacionais ou representantes.
- Licenciamento ou franquia: você licencia sua marca ou modelo de negócio para um parceiro no exterior.
- Joint ventures ou parcerias estratégicas: entrar em outro país com apoio local.
- Implantação direta: montar operação física ou filial no país de destino.
O melhor modelo vai depender do seu negócio, do capital disponível e do tipo de presença que você quer ter no novo mercado.
Dicas práticas para tirar o plano do papel
Se o seu negócio já está maduro aqui, talvez seja a hora de dar o próximo passo.
Internacionalizar pode parecer intimidador, mas é completamente possível — especialmente hoje, com tecnologia, automação e acesso a dados facilitando tudo.
Algumas dicas práticas podem iluminar seu caminho, confira:
- Participe de feiras e eventos internacionais
Você pode fazer contato direto com potenciais clientes, entender o mercado e até testar a receptividade do seu produto.
- Invista em tradução profissional e branding local
Comunicar bem é essencial. Adapte sua identidade visual e mensagem para o público estrangeiro.
- Comece com um país de cultura mais próxima
América Latina e Portugal costumam ser boas portas de entrada para brasileiros, pela afinidade cultural e linguística.
- Use plataformas globais
Se o seu negócio for digital, explore marketplaces internacionais, como Amazon, Etsy, ou redes de serviços como Upwork, por exemplo.
- Aprenda com quem já foi
Troque experiências com empresas brasileiras que já atuam fora, veja o que deu certo e o que evitar.
Manter a carteira de contatos atualizada irá facilitar e permitir que conheça oportunidades por meio de outras pessoas.
Acima de tudo isso, mais importante do que o tamanho da empresa é a mentalidade de crescimento, o desejo de aprender e a disposição para estruturar o processo com responsabilidade.
Por isso, continue tentando, pois diversas empresas não crescem globalmente do dia para a noite.
Você vai conseguir, ao usar essas estratégias e estar aberto para perceber as oportunidades.
Lembre-se também que você não precisa fazer tudo de uma vez, mas pode começar hoje mesmo, organizando a casa, pesquisando os mercados e traçando um plano.
Porque se você quer ir longe, sair das fronteiras do Brasil pode ser exatamente o que seu negócio precisa.